Ao contrário da ex-governadora Roseana
Sarney que não descia do seu pedestal, o governador Flávio Dino arregaçou as
mangas e faz desde a segunda-feira uma verdadeira peregrinação na Esplanada dos
Ministérios em Brasília em busca de recursos para o Maranhão.
Uma atitude de governador que faltava ao
nosso Estado, antes dependente dos interesses familiares e empresariais dos
Sarneys, por onde de maneira enviesada conseguiam abrir as portas do governo
Federal sem a necessidade da então governadora Roseana Sarney se dignificar a
bater de porta em porta para defender o Maranhão.
Seria humilhante para a filha de um
ex-presidente da República!
O resultado não poderia ser outro com o
Maranhão relegado a favores políticos ao ex-senador Sarney, transformando-se em um dos estados mais pobres da
Federação.
Em dois dias, Flávio Dino visitou os
ministérios da Educação, Integração Nacional, Relações Institucionais, Saúde,
Casa Civil e o Banco Mundial.
Muitos dos funcionários dessas
instituições nunca tinham visto um governador do Maranhão, e quando ouviam
falar era sobre as denúncias de corrupção, como no caso do precatório da
Constram e as propinas do doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal
em um hotel em São Luís durante a Operação Lava Jato.
Soluções para infraestrutura logística e
de produção para as diferentes regiões do estado estiveram na pauta de Flávio
Dino em Brasília, com apresentações de projetos pelo próprio governador
A retomada dos projetos de produção e
irrigação no Estado, por exemplo, foi o ponto central da reunião com a equipe
técnica do Ministério da Integração Nacional., onde foi tratado a operacionalização dos diques da
Baixada maranhense, que encontram-se paralisados a vários anos devido a inoperância
do antigo regime.
A ida de Flávio Dino e equipe à Brasília foi programada para
destravar investimentos e garantir novos projetos em parceria com o governo
Federal e entidades para que o Maranhão entre em um novo ciclo de
desenvolvimento, tendo como matriz a busca pela Justiça social e o combate às
desigualdades.
O Maranhão agora sim tem governo e um
governador que trocou a pompa e as regalias e colocou os pés no chão para
pessoalmente defender os interesses do estado em reuniões técnicas nos ministérios,
sem a necessidade de encontros fechados nos gabinetes da Esplanada.
Essa é a diferença entre um governo republicano, e um monarca que
dominou o Maranhão por mais de 40 anos.
Leandro Miranda (Marrapá)