sexta-feira, 24 de julho de 2015

AUDIENCIA PÚBLICA: SEPPIR E AS COTAS


A Secretaria de Estado de Igualdade Racial promoveu uma audiência pública nesta quinta-feira, 23, com os movimentos sociais, quilombolas e a classe política e educacional de Santa Inês, Pindaré e região sobre o projeto defendido pela pasta que cria cotas raciais nos concursos públicos estaduais. No evento realizado no auditório da Prefeitura foi apresentado o Projeto de Lei (PL) elaborado pela Secretaria, que trata da adoção desta política afirmativa pelo Executivo Estadual, o qual foi amplamente debatido.

O projeto de lei foi defendido pelo secretário Gerson Pinheiro, ele explica: “O racismo está presente de várias formas na sociedade; desde o tratamento social diferenciado, até o acesso desigual a oportunidades de educação, renda e trabalho"; Segundo ele, isto porque não há iguais condições de formação educacional e de trabalho para os candidatos da etnia negra. E o Estado tem de reparar esse desequilíbrio através de políticas de ação afirmativa”, argumentou. “E o nosso governador Flávio Dino está muito favorável a este projeto, porque ele resgata o negro e a negra maranhenses para os colocarem numa posição de cidadão e cidadã, pessoas que construiram este país e este Estado”, enfatizou o secretário.

Pelo projeto de lei apresentado para o povo de Santa Inês, o governo do Estado criará uma reserva aos negros de 30% (trinta por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública estadual, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pelo Estado do Maranhão. Para negros que se autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso,



 “O Brasil tem 50,7% de negros na sua população, segundo o IBGE 2010 e no Maranhão, o percentual de negros na população é de 76,2%, ou seja, mais de três terços da população é de pretos e pardos; logo achamos justo que o percentual seja maior”.



O secretário ainda divulgou o Plano Maranhão Quilombola que está sendo elaborado para a canalização de recursos para implementação de políticas afirmativas no estado.

Como não podia ser diferente o tema da discriminação e preconceito racial foi debatido na ocasião, questionado por um participante, se existe o preconceito, o secretário responde:  
“A pior discriminação é dizer que ela não existe, nem sempre é pessoal, ela é de uma etnia hegemônica sobre a outra, é histórica e perversa”



Segundo a Assessoria de Comunicação da SEIR este mesmo tema foi debatido com a sociedade dos municípios de Imperatriz, Bacabal e Codó e, segundo o secretário Gerson, continuará nas grandes cidades do Maranhão, culminando com a realização ainda este ano da audiência pública na capital São Luis.




REALIZADA A PESQUISA PARA CONSTRUÇÃO DO INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA DE PINDARÉ

  Este inventário sobre a oferta turística no município faz parte do Plano de Ação do Departamento Municipal de Turismo.   A Equipe/Grupo d...