Flávio Dino defende aliança ampla nas eleições: PT é protagonista, mas
isso não significa exclusivismo Brasil 247
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
acredita em uma frente de esquerda para as eleições em 2022, mas pondera sobre
o suposto “exclusivismo” do PT, o maior partido do campo. Ele diz: “vimos, por
exemplo, na Argentina, a própria Cristina Kirchner fez esse movimento e
resultou na vitória do campo político que ela lidera.”
A reportagem do jornal O Estado de S.
Paulo destaca alguns trechos das entrevista concedida por Dino ao veículo:
Sobre a sucessão para 2022, ele diz: “se nós
olharmos a história brasileira, sempre vamos encontrar que avanços democráticos
e sociais decorreram de alianças, de frentes políticas, de articulações
envolvendo setores com vinculações diferentes. Ou seja, é preciso sempre,
consultando a história, entender que nós só vamos retomar um ciclo de
desenvolvimento com justiça social no Brasil se o campo progressista,
democrático, popular, da esquerda, tiver condições de reeditar, a exemplo
desses outros momentos, essas articulações mais amplas. Nesse sentido que eu
tenho, no âmbito do fórum de governadores, na relação com o Congresso, assim
como com outras personalidades e lideranças políticas, procurado concretizar na
prática essa visão teórica acerca da realidade brasileira”.
O governador ainda comenta o cenário eleitoral
complexo, composto por lideranças com características bem diferentes: “há dois
pontos fundamentais a destacar. O primeiro deles é que essas alianças mais
amplas e plurais não são inéditas na vida brasileira.
Se nós lembrarmos da luta
contra a ditadura, depois as campanhas pelas Diretas (Já), as campanhas
pela anistia, o processo eleitoral que se seguiu, você tinha alianças entre
parlamentares e lideranças de vários partidos políticos. Eu cito como exemplo o
palanque histórico da eleição de 1989 em torno da candidatura do ex-presidente
Lula, em que estavam presentes o Mário Covas que era do PSDB, Ulysses Guimarães
(MDB) e Leonel Brizola (PDT). Ou seja, havia pluralidade.
O segundo ponto a
mencionar é que nós teremos em um grande número de cidades, no caso das eleições
municipais, e também no caso da eleição nacional de 2022, eleições em dois
turnos. Então o que eu busco é a melhoria do ambiente de diálogo. Quanto mais
você melhora o ambiente de diálogo, distensiona e diminui a intolerância, você
cria relações de confiança, você cria possibilidades de em segundos turnos
haver confiança mais ampla para derrotar um mal maior.”
Dino
já é dado no PCdoB como pré-candidato à presidência da República. Seu governo
no Maranhão é muito bem avaliado e conta com uma ampla frente de partidos que
inclui o DEM, Progressistas, Republicanos, Solidariedade, entre outros.
Dino tem defendido que para derrotar Bolsonaro será necessário criar uma frente ampla e a visita a FHC e Lula em questão de dias parece ser um sinal do quão ampla ele imagina que deva ser esta frente.
O governador também esteve na redação de O Estado de S. Paulo e foi a um encontro da Vetor Brasil, onde participou de um debate com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Com essa movimentação, Dino vai construindo e ocupando um espaço de centro-esquerda que até o momento estava reservado ao PT e a Ciro Gomes.
Dino tem defendido que para derrotar Bolsonaro será necessário criar uma frente ampla e a visita a FHC e Lula em questão de dias parece ser um sinal do quão ampla ele imagina que deva ser esta frente.
O governador também esteve na redação de O Estado de S. Paulo e foi a um encontro da Vetor Brasil, onde participou de um debate com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Com essa movimentação, Dino vai construindo e ocupando um espaço de centro-esquerda que até o momento estava reservado ao PT e a Ciro Gomes.