sábado, 23 de maio de 2015

CONVERSANDO SOBRE REFORMA POLITICA


José Reinaldo Tavares

Resolvi prestar contas do meu mandato para aqueles que têm a paciência de lerem o que escrevo aqui no jornal. Acredito que é uma obrigação do parlamentar prestar contas do seu exercício parlamentar ao eleitor e é o que tento fazer. Não fui eleito para seguir ideologias da moda e nem patrulhamentos de ninguém.
Voto com a minha consciência e assim posso votar contra ou a favor do que acho certo e melhor para a sociedade. Acredito que os que votaram em mim querem isso.
Por exemplo, acerca-se a data de mais uma votação polêmica e muito importante: a Proposta de Emenda à Constituição n° 14/2015, que trata da Reforma Política.
Em resumo, se aprovada, ficará vedada a reeleição dos ocupantes dos cargos do Poder Executivo, alterando para cinco anos a duração de todos os mandatos eletivos.
Além disso, introduzirá novo critério de escolha de suplentes de Senador; reduzirá a idade mínima exigida como condição de elegibilidade para o cargo de Senador; permitirá coligações exclusivamente em eleições majoritárias; estabelecerá cláusula de desempenho mínimo para partidos; alterará o sistema eleitoral; disporá sobre financiamento de campanhas eleitorais; reduzirá a subscrição mínima exigida para a iniciativa popular de projetos de lei e instituirá regras temporárias para vigorar no período de transição para o novo modelo.
Os mandatos de cinco anos serão para todos, inclusive para senadores, mas essa regra deve ser modificada no Senado, possivelmente para 10 anos de mandato, no caso deles. No relatório do relator, os suplentes de senador seriam aqueles candidatos ao senado não eleitos mais votados. Essa seria a melhor regra, mas os senadores querem indicar o primeiro suplente,  vedando-se a indicação de parentes.
Os outros suplentes seriam os candidatos mais votados. Isso será decidido na votação em plenário. Ademais, a proposta prevê a existência de uma “janela” para troca de partidos nos 180 dias que se seguirem a promulgação da emenda à Constituição, sem perda de mandato. Coligações eleitorais só serão permitidas em eleições majoritárias.
Há ainda a previsão de cláusula de barreira para o funcionamento dos partidos, que teriam que ter obtido no último pleito para deputado federal no mínimo três por cento dos votos apurados – não computados os brancos e nulos – distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação (nove estados), com um mínimo de dois por cento do total de cada um deles. Como essa cláusula afeta muitos partidos pequenos que têm deputados federais eleitos, essa votação será seguramente polêmica e sujeita a acordos de plenário no dia da votação.
Os candidatos serão eleitos pelo sistema majoritário (distritão), na ordem de votação nominal que cada um tenha recebido. Isto é, os mais votados. Esse sistema é o preferido dentro da Câmara, seguido pelo proporcional modificado e, por último, o distrital misto. Este será muito difícil de passar na Câmara.
O financiamento de campanha por pessoas jurídicas só poderá ocorrer para partidos, que os distribuirá para candidatos, tudo com ampla divulgação e sujeito a regras pré-estabelecidas pelos partidos. Os partidos políticos deverão previamente estabelecer limites gerais para as doações de pessoas físicas e jurídicas.

De acordo com a proposta, a primeira eleição geral deverá ser realizada em 2022 e, para isso, deverão ser estabelecidas regras temporárias para a transição. Um exemplo disso é em relação aos mandatos de prefeitos eleitos em 2016 que, dependendo da votação da emenda, deverão ter um mandato transitório entre dois anos com direito a reeleição ou um de seis anos, o que será decidido na votação da emenda.
É provável que isso ocorra ainda no mês de maio, no dia 29. Os detentores de mandatos majoritários que ainda fizerem jus ao direito da reeleição continuarão com esse direito. Este é o caso do governador Flávio Dino, por exemplo. Como se vê, a Câmara de Deputados exerce plenamente sua função constitucional e, democraticamente, vem tirando o país do marasmo em que se encontra.

REALIZADA A PESQUISA PARA CONSTRUÇÃO DO INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA DE PINDARÉ

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