A Igreja católica celebrou na noite desta quinta-feira a Santa Ceia e Lava Pés, a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. A missa presidida pelo Padre Ramos, cheia de simbolismo que lembra os últimos passos de Jesus antes do sacrifício da sua morte.
A encenação do lava pés como testemunho da vocação de cristo para o serviço. No final houve a transladação do Santíssimo Sacramento até a igreja da Conceição na comunidade Oscar Romero.
Personagens da encenação da Santa Ceia |
Translado do Santíssimo Sacramento |
O Padre Ramos fez a leitura de uma nota de orientação, exortando os cristãos de Pindaré para viver a Semana Santa com respeito e reconhecimento a cristo e sua importância para nossa vida:
NOTA DE
ORIENTAÇÃO
A paróquia São Pedro Apóstolo vem a público orientar a comunidade
católica e a todos os cristãos sobre o espírito da Semana Santa e seu real e
verdadeiro sentido e significado.
Primeiramente, toda esta realidade é entendida a partir da fé, acima de
tudo fé na ressurreição. O que celebramos em todo esse tempo especial de nossa
Igreja, começando com a Encarnação do Verbo pelo Advento e Natal, passando pela
quaresma, paixão, morte e ressurreição, é o que nós celebramos a cada
Eucaristia dominical, ou seja, o Mistério Pascal de Cristo. É o grande gesto gratuito de Deus pela
humanidade. Páscoa é dom, gratuidade, vida nova, e acima de tudo presença de
Jesus Ressuscitado no meio de nós. Presença essa que nos tira de nossa miséria
e nos resgata para Deus. Assim sendo, não existe em nossa liturgia nenhuma
festa que supere, ou seja, maior que a Festa da Páscoa.
Isso supõe que nesta data nossas celebrações estejam com o maior número
de fiéis, sejam mais vibrantes, pois está vivo em nosso meio aquele que nos
trouxe a Salvação. Mas infelizmente nem sempre é assim. Para muitos de nós, que
nos dizemos cristãos, tantas outras festas são mais importantes, a constatar
pela nossa participação e presença nelas. Digo mesmo na vida de nossa Paróquia
e Comunidades, em que a presença nas festas dos padroeiros é significativamente
maior que na Festa da Páscoa. Vale lembrar que nenhum santo de sua devoção se
tornou santo sem o seguimento fiel a Jesus Cristo a partir de uma experiência
pessoal com ele. Também percebemos uma maior valorização do dia da Paixão do
Senhor que o da sua ressurreição. Sem Cruz não há Ressurreição, mas sem Ressurreição
a Cruz não passa de uma crueldade.
Como pastor das ovelhas católicas de Pindaré Mirim, faço, com muito zelo
e cuidado, considerações sobre o sentido e finalidades inversos dado a esse
tempo. Falo do uso dos termos Paixão, Aleluia e Páscoa, usados para finalidades
que não condiz com o verdadeiro sentido, por exemplo, “baile de aleluia”,
“festa de páscoa”, e que em alguns casos até interferem na vivência daqueles
que buscam o verdadeiro sentido, ou seja, podendo realizar eventos usando estes
termos nos mesmos horários e datas das celebrações religiosas, interferindo de
forma direta quando tais eventos são próximos aos lugares de celebrações.
Sabemos que a Constituição Brasileira garante o direito de Culto às
religiões. Mas nem é esta a questão em que queremos orientar com esta fala.
Aqueles que se preocupam em viver o que
nos pede os mandamentos da Lei de Deus sabem que o segundo mandamento é não tomar o Santo nome de Deus em vão. Usar o nome de Deus em benefício próprio ou para finalidades em que o nome Dele não seja respeitado, seja pelas formas, posturas e comportamentos ou pelas expressões musicais, bem como pelo objetivo claro e definido de tais eventos, é tomar o Santo nome de Deus em vão. Assim, apesar de reconhecermos o valor cultural de tais eventos e eles poderem ser até iniciativa e terem apoio de católicos, não são de responsabilidade da Instituição Igreja Católica.
nos pede os mandamentos da Lei de Deus sabem que o segundo mandamento é não tomar o Santo nome de Deus em vão. Usar o nome de Deus em benefício próprio ou para finalidades em que o nome Dele não seja respeitado, seja pelas formas, posturas e comportamentos ou pelas expressões musicais, bem como pelo objetivo claro e definido de tais eventos, é tomar o Santo nome de Deus em vão. Assim, apesar de reconhecermos o valor cultural de tais eventos e eles poderem ser até iniciativa e terem apoio de católicos, não são de responsabilidade da Instituição Igreja Católica.
Certos de poder contribuir para o entendimento e para a melhor vivência
do espírito da Semana Santa, bem como na participação, fazemos valer esta
orientação como palavra oficial da Paróquia São Pedro Apóstolo em defesa da fé
cristã.
Padre Carlos José
Ramos-Pároco
Padre Jorge Luís Guimarães-Vigário Paroquial