sexta-feira, 20 de novembro de 2015

20 DE NOVEMBRO: CAMINHOS DA IGUALDADE



Neste dia da Consciência Negra é necessário fazer memória do movimento pela negritude em nossa região. Um movimento que enquanto instituição sempre esbarrou na falta de compromisso, interesse e também a pouca formação das pessoas, da falta de interesse do poder público em criar os mecanismos de fomentação das políticas de promoção da igualdade racial. Tudo ocasionado pela discriminação da raça negra e dos elementos que a compõem, quais sejam, cultura, religião, técnicas, educação e arte, o que impede a sua valorização.
Somente com a criação de políticas de promoção da igualdade racial em 2003, em seguida fóruns e conferencias e até atividades alusivas ao tema começamos de maneira mais forte a enfrentar o debate sobre o racismo e as desigualdades que são fenômenos mais perversos, muitas vezes velados na sociedade brasileira.
A partir de 2005 quando tomamos a iniciativa de convidar os movimentos culturais e sociais e religiosos em nossa cidade de Pindaré. começamos a percorrer um longo "Caminho para a igualdade"Após, tivemos o inicio de uma importante formação do Fórum da negritude de Santa Inês, chegando a participação no Fórum intergovernamental em Brasília.
Alguns avanços no campo educacional, cultural e étnicos são constatados graças as Ações afirmativas, como as tão necessárias cotas que inclui jovens negros nas faculdades, no mercado de trabalho, na política e inclusão de quilombolas, a Lei 10639, ensino afro, etc. Já no plano municipal as comemorações do DNCN, o ensino da capoeira nas escolas, o debate e o Feriado do Dia da Consciência Negra são frutos da nossa presença nessas  iniciativas.
“A frase de que não precisamos de consciência negra ou de qualquer natureza,  precisamos de 365 dias de consciência humana.” Outras pessoas, por sua vez, dizem que “não existem” racismo, desta forma, uma alegada categoria de violências que poderiam ser supostamente cometidas contra qualquer ser humano.
“Quem tem o mínimo de conhecimento sobre opressões contra minorias políticas sabe que essa idéia de “consciência humana” e a crença na “humanofobia” nada mais são do que uma ausência de consciência empática e nega a ocorrência das agressões motivadas por preconceito e dos crimes de ódio. Da mesma forma, segundo essa ideologia, negros não são ofendidos nem esnobados por empresas em favor de brancos, seja como clientes ou como candidatos a emprego. Desaparecem por completo as raízes históricas de panoramas tradicionais de desigualdade social e discriminação cultural. Quando dados estatísticos dão conta de que 10% de negros estão nas universidades e 70% estão nas penitenciárias”

O que precisamos é valorizar a cultura e a etnicidade dos afro descendentes, somos a maioria neste país que construímos com sangue e suor. Falar em "consciência humana" e não falar em consciência negra é negar o flagelo da escravidão e consequentemente das desigualdades que ela impõem ao povo negro.Este é o caminho...
Viva 20 de novembro, Viva a consciência negra!!!

REALIZADA A PESQUISA PARA CONSTRUÇÃO DO INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA DE PINDARÉ

  Este inventário sobre a oferta turística no município faz parte do Plano de Ação do Departamento Municipal de Turismo.   A Equipe/Grupo d...