quarta-feira, 14 de novembro de 2018

SOLIDARIEDADE: TRABALHADORES DO ASSENTAMENTO NOVO PINDARÉ FORAM DESPEJADOS NESTA TERÇA!

Reintegração de posse interrompe ciclo de produção de mais de 2 anos, numa área que era “improdutiva”
Líder Elismar Mendes  tentando dialogar com PMs
Famílias do Assentamento Novo Pindaré, localizado nas proximidades do rio Pindaré à meia hora da sede de Pindaré Mirim foram retirados da área, o cumprimento aconteceu desde as primeiras horas desta terça-feira.
 
Informações repassadas dão conta que a polícia entrou no assentamento e que se tornou um cenário hostil de destruição de casas, casas de forno, poços, criadouros de animais e materiais de trabalho dos trabalhadores rurais da área.
Inclusive com destruição de lavouras de arroz, milho, verduras e mandioca. A ação contou com mais de 100 policiais militares e a participação de Corpo de Bombeiros. A decisão judicial foi decretada ainda em dezembro de 2017,  em que as famílias foram notificadas, mas só agora a ordem de reintegração foi executada.”Área  que segundo interlocutores, pertence ao empresário João Claudino, ocupa uma grande área totalmente improdutiva. Que só teve produtividade com a ocupação feita pelos trabalhadores rurais sem terra.
O MST informa que foi feito um levantamento da produção naquela localidade que segue:
10 linhas de milho; 40 linhas de feijão; 25 linhas de arroz; 5 linhas de vinagreira; 400 linhas de mandioca.

A área estava ocupada a cerca de dois anos e havia 250 famílias integrantes do Movimento dos Sem Terra.
A princípio foi registrado uma resistência dos moradores, mas no fim a desocupação da área aconteceu de forma ordenada e tranquila.
O proprietário da área disponibilizou caminhões para que as pessoas pudessem retirar suas mobílias com maior facilidade.
O líder do MST e da ocupação Elismar Mendes garante que a luta vai continuar e pede o apoio e solidariedade da comunidade, maior beneficiária da produção de alimentos. Ele também recebeu as manifestações de apoio. No final deste mês o grupo foi recebido pelo Juiz da comarca que se comprometeu com a causa dos trabalhadores, até o momento sem resposta positiva aos camponeses.
"O momento é de resistência e apoio aos companheiros, a luta vai continuar por terra e trabalho!" Disse.
 
O cenário era de guerra com o contingente de policiais, o clima  na verdade era de tristeza e desolamento, principalmente por parte de quem trabalhou duro durante 2 anos, produzindo alimentos, responsáveis por baratear aos produtos da cesta básica do município e região.
O episódio foi acompanhado por centenas de pessoas, parentes, amigos e populares que externaram a todo momento sua solidariedade aos trabalhadores.
O Sinproepim-Sindicato dos Profissionais da Educação emite mensagem repudia a ação de reintegração de posse, que sem esclarecer ao judiciário a improdutividade das terras ocupadas, desaponta trabalhadores e chefes de família que produziam naquela área há cerca de 2 anos.


Consideramos a reintegração mais um dos fatos sociais que alarga cada vez mais a desigualdade social, econômica e rural no sentido de que mantem a sociedade firmada em problemáticas arcaicas, que se sustentam devido à concentração desrregrada e desigual de terras sem a elas se dar o uso de sua função social, portanto, mais um passo no atraso social, dentre muitos, que assolam a população carente do nosso país.

 
Apoiamos a ocupação e discordamos que os trabalhadores sejam despejados de seu espaço rural de produção.
O Partido dos Trabalhadores PT, a Unegro, O STTR, O Conexão CS também emitiram nota em que se solidarizam e repudiam a reintegração da terra improdutiva e fruto do latifúndio no Maranhão.
 
 
 
 
 

 (Iform/fotos: Eq. Isso Pindaré)

REALIZADA A PESQUISA PARA CONSTRUÇÃO DO INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA DE PINDARÉ

  Este inventário sobre a oferta turística no município faz parte do Plano de Ação do Departamento Municipal de Turismo.   A Equipe/Grupo d...