Líder Elismar Mendes tentando dialogar com PMs |
Famílias
do Assentamento Novo Pindaré, localizado nas proximidades do rio Pindaré à
meia hora da sede de Pindaré Mirim foram retirados da área, o cumprimento aconteceu desde as primeiras horas
desta terça-feira.
Informações repassadas dão conta que a polícia entrou no assentamento e que se
tornou um cenário hostil de destruição de casas, casas de forno, poços,
criadouros de animais e materiais de trabalho dos trabalhadores rurais da área.
Inclusive com destruição de lavouras de arroz, milho, verduras e mandioca. A ação contou com mais de 100 policiais militares e a participação de Corpo de Bombeiros. A decisão judicial foi decretada ainda em dezembro de 2017, em que as famílias foram notificadas, mas só agora a ordem de reintegração foi executada.”Área que segundo interlocutores, pertence ao empresário João Claudino, ocupa uma grande área totalmente improdutiva. Que só teve produtividade com a ocupação feita pelos trabalhadores rurais sem terra.
O MST informa que foi feito um levantamento da produção naquela localidade que segue:Inclusive com destruição de lavouras de arroz, milho, verduras e mandioca. A ação contou com mais de 100 policiais militares e a participação de Corpo de Bombeiros. A decisão judicial foi decretada ainda em dezembro de 2017, em que as famílias foram notificadas, mas só agora a ordem de reintegração foi executada.”Área que segundo interlocutores, pertence ao empresário João Claudino, ocupa uma grande área totalmente improdutiva. Que só teve produtividade com a ocupação feita pelos trabalhadores rurais sem terra.
10 linhas de milho; 40 linhas de feijão; 25 linhas de arroz; 5 linhas de vinagreira; 400 linhas de mandioca.
A área estava ocupada a cerca de dois anos e havia
250 famílias integrantes do Movimento dos Sem Terra.
A princípio foi registrado uma resistência dos moradores, mas no fim a desocupação da área aconteceu de forma ordenada e tranquila.
O proprietário da área disponibilizou caminhões para que as pessoas pudessem retirar suas mobílias com maior facilidade.
A princípio foi registrado uma resistência dos moradores, mas no fim a desocupação da área aconteceu de forma ordenada e tranquila.
O proprietário da área disponibilizou caminhões para que as pessoas pudessem retirar suas mobílias com maior facilidade.
O líder do MST e da ocupação Elismar Mendes garante
que a luta vai continuar e pede o apoio e solidariedade da comunidade, maior
beneficiária da produção de alimentos. Ele também recebeu as manifestações de
apoio. No final deste mês o grupo foi recebido pelo Juiz da comarca que se comprometeu com a causa dos trabalhadores, até o momento sem resposta positiva aos camponeses.
"O momento é de resistência e apoio aos companheiros, a luta vai continuar por terra e trabalho!" Disse.
"O momento é de resistência e apoio aos companheiros, a luta vai continuar por terra e trabalho!" Disse.
O cenário era de guerra com o contingente de
policiais, o clima na verdade era de
tristeza e desolamento, principalmente por parte de quem trabalhou duro durante
2 anos, produzindo alimentos, responsáveis por baratear aos produtos da cesta
básica do município e região.
O episódio foi acompanhado por centenas de pessoas, parentes, amigos e populares que externaram a todo momento sua solidariedade aos trabalhadores.
O Sinproepim-Sindicato dos Profissionais da Educação emite
mensagem repudia a ação de reintegração de posse, que sem esclarecer ao
judiciário a improdutividade das terras ocupadas, desaponta trabalhadores e
chefes de família que produziam naquela área há cerca de 2 anos.
Consideramos a reintegração mais um dos fatos sociais que alarga cada vez mais a desigualdade social, econômica e rural no sentido de que mantem a sociedade firmada em problemáticas arcaicas, que se sustentam devido à concentração desrregrada e desigual de terras sem a elas se dar o uso de sua função social, portanto, mais um passo no atraso social, dentre muitos, que assolam a população carente do nosso país.
Apoiamos a ocupação e discordamos que os trabalhadores sejam despejados de seu espaço rural de produção.
O Partido dos Trabalhadores PT, a Unegro, O STTR, O Conexão CS também emitiram nota em que se solidarizam e repudiam a reintegração da terra improdutiva e fruto do latifúndio no Maranhão.
(Iform/fotos: Eq. Isso Pindaré)
Consideramos a reintegração mais um dos fatos sociais que alarga cada vez mais a desigualdade social, econômica e rural no sentido de que mantem a sociedade firmada em problemáticas arcaicas, que se sustentam devido à concentração desrregrada e desigual de terras sem a elas se dar o uso de sua função social, portanto, mais um passo no atraso social, dentre muitos, que assolam a população carente do nosso país.
Apoiamos a ocupação e discordamos que os trabalhadores sejam despejados de seu espaço rural de produção.
O Partido dos Trabalhadores PT, a Unegro, O STTR, O Conexão CS também emitiram nota em que se solidarizam e repudiam a reintegração da terra improdutiva e fruto do latifúndio no Maranhão.