Por Marcus Salgado
Eu gosto muito da música. Acredito que elas dão um tempero especial a vida. A nossa existência seria triste sem a presença da música. Gosto além da sonoridade da música, gosto das suas letras que nos fazem de certa forma refletir. Tem uma música cantada por Gonzaguinha, este que foi um monstro da MPB que fala assim: E a vida? O que é diga lá meu irmão ? Ela é a batida de um coração. Ela é uma doce ilusão. Ela é maravilhosa ou é sofrimento?. E como diz a música: a vida pode ser maravilhosa ou sofrimento. Na grande maioria das vezes quem vai dar o tom da música da nossa vida somos nós mesmos. Vai depender das nossas escolhas. As escolhas devem ser nossas, mas somos escravos das consequências delas. É preciso ter coragem para escolher. Entretanto, é necessário entender que a Coragem não é a ausência do medo. É simplesmente a capacidade de enfrentá-lo. Quem não tem medo é inconsequente. Pessoas inteligentes são cautelosas. Tem uma passagem na Bíblia que gosto muito: “Não foi eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor Deus, estará com você por onde você andar” Eu aprendi com a vida que as escolhas são importantíssimas, mas pra isso temos que tomar as rédeas das decisões. Vou usar da música novamente pra explicar o que penso. Permitam-me citar agora Geraldo Vandré: “ Quem sabe faz a hora não espera acontecer ” . Concordo em gênero, número e grau. Ele simplesmente conseguiu na sua sabedoria artística definir a importância da iniciativa na vida, porque não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. Nós devemos ir ao encontro da dela e agir pra que ela aconteça de fato. Dizem que o tempo muda tudo, mas não é verdade. Fazer coisas é que muda algo, não fazer nada deixa as coisas do jeito que estão. E novamente a música pra explicar: “Deixa a vida me levar “.de Zeca Pagodinho não vai nos levar a lugar nenhum. Se levar pode ser que não gostemos do lugar. Um grande equívoco. Se você deixar a vida lhe levar, você está renunciando a possibilidade de ser o condutor do seu próprio caminho a partir de suas escolhas. Seja protagonista da sua vida. As possibilidades são infinitas. Limite não é barreira. É fronteira. Como já disse a vida é feita de escolhas. Para isso devemos ter critérios. As opções são muitas e a dúvida é um dos nomes da inteligência. Nem sempre vamos escolher bem, e a frustação pode ser inevitável, mas não somos derrotados quando perdemos. Somos derrotados quando desistimos. Aprendi que a felicidade não é um lugar ou um estágio que se chega, porque ela não é permanente, não é linear, contínua. Felicidade então é satisfazer-se com o que se tem. Millor tem uma frase ótima : “ Ter sem que o ‘ter’ te te tenha. Enfim que a felicidade não dependa do tempo nem da paisagem nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade de dentro pra fora de cada um pra todos e que venha acompanhada de bons amigos, de uma família unida e um grande amor, simples assim...
