terça-feira, 20 de novembro de 2018

20 DE NOVEMBRO DIA DA CONSCIENCIA NEGRA. EM PINDARÉ, NOVEMBRO É TODO NEGRO!

Estamos perdendo uma grande oportunidade de fazer esse debate importante para nossa população negra, ora por vaidades, egocentrismo ou por falta de informação sobre a questão racial. Que prejudica o bom andamento das atividades!
Chegou o dia da consciência negra!  Em que escolas e entidades trabalho o tema de várias formas, muitos esquecendo o verdadeiro sentido da data que deve ser um Dia de reflexão, resistência e luta. Reflexão porque ainda é polemico se falar em um dia dedicado a memória de Zumbi dos Palmares, de um dia para a afirmação afro-brasileira, de igualdade racial num país extremamente racista, que de tanto ser. Ignora a luta antirracista. Luta por precisamos continuar a lutara pela igualdade de oportunidades, que só chegam através das politicas afirmativas de promoção da igualdade. E  resistência porque vivemos um momento de iminente ameaças aos direitos das minorias e consequentemente da população negra e pobre do nosso país é necessário união para resistir a um futuro governo declaradamente racista e fascista que não aceita a conquista que ao longo da história negros e negras vem tendo à duras penas.
"Estamos perdendo uma grande oportunidade de fazer esse debate importante para nossa população negra, ora, por vaidades, de quem reivindica a data para si, egocentrismo como no caso do engenho central, onde alguns querem a  paternidade do centro cultural e/ou a autoria da  revitalização  ou se dá pela  falta de informação acerca da questão racial. Que prejudica o bom andamento das atividades como por exemplo: Festa Literária-FLIPIM, com debate do dia da Consciência Negra(café literário) desfile da beleza negra, exposições, sarau, entre outras que estavam programados para esta data!"
A três anos o 20 de novembro é feriado em Pindaré, graças à atividade do nosso grupo de Negritude, que com o café literário neste dia, conseguiu apresentar o projeto através do então vereador Edinho e câmara aprovou.
Vamos refletir, lutar e resistir!

Faço esse adendo para apresentar um artigo que vale a pena ser lido nesta data:

Como diz a atriz Tays Araújo, o DNCN representa uma boa oportunidade para se pensar sobre o movimento negro e suas reivindicações. Este é o entendimento de Tais Araújo, uma das principais artistas afrodescendentes do Brasil.

“É um dia representativo e de reflexão, feito para analisarmos quais são as nossas demandas e, também, para nos acolhermos”, disse ela à Marie Claire.  “Mas também para reafirmarmos nossos direitos como cidadão e celebrar”.
E é assim, trabalhando e comemorando que Tais irá passar data. Ela estará no palco ao lado de Lázaro Ramos atuando na peça “O Topo da Montanha”, sobre os últimos momentos do pastor e defensor dos direitos civis dos negros, Marin Luther King, antes de seu assassinato.
“A mensagem de Martin Luther King é muito forte. A história se passa na década de 60, mas continua muito atual”, contou a atriz. “A peça, ao mesmo tempo, comunica e entretém, ela é séria, emocionante, mas também diverte. Esse é o maior mérito, conseguir falar de um assunto sério de uma maneira engraçada”.
A encenação acontece durante a primeira edição do evento Eu Tenho um Sonho, nos dia 19 e 20 de novembro no Tom Brasil, em São Paulo. Idealizado por Taís e Lázaro em celebração ao sucesso da peça, que já levou mais de 200 mil pessoas ao teatro, o evento contará também com show de Criolo e stand up “Tia Má com a Língua Solta”, de Tia Má.
“A ideia do Eu Tenho um Sonho é agregar. Queríamos trazer para perto artistas que comungam conosco”, contou ela ao falar sobre Tia Má e Criolo.  “Queríamos teatro, entretenimento e música para podermos nos acolher e celebrar nossas conquistas”, finalizou. E.

Ninguém nasce racista
O racismo limita e impede o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Na última terça, 30, mais um caso de racismo ganhou repercussão, quando uma mãe pintou o filho, uma criança de nove anos como se fosse negra com marcas de chicotadas pelo corpo e colocou correntes, fazendo referência à uma criança escrava, para festa Halloween de uma escola particular. Ela postou orgulhosa: “Quando seu filho absorve o personagem! Vamos abrasileirar esse negócio! #Escravo”.
Acontece que a história da escravidão do Brasil não tem nada a ver com o clima festivo, e escravos não eram personagens para serem absorvidos. A mulher orgulhosa, as pessoas que elogiaram e todos aqueles que não veem nesta situação um grande problema, não compreendem que a história da escravidão do país é um profundo estado de luto transformado em luta por milhares de pessoas negras que foram sequestradas e trazidas em navios negreiros de outras partes do mundo e aqui não apenas tiveram suas vidas objetificadas, como foram suprimidos de qualquer forma de humanidade.
Os efeitos deste longo período são sentidos diariamente: quando uma criança negra tem o cabelo crespo cortado à força, quando PMs confundem o saco de pipoca com drogas na favela, quando uma criança negra ouve que a escola não é o seu lugar”, quando uma mãe “fantasia” o filho de escravo para a festa da escola, ou quando uma mãe recebe um bilhete para cortar ou trançar os cabelos dos seus filhos negros.

A verdade é que precisamos falar sobre racismo e ter consciência que ele não atinge apenas a população negra, mas sim todos brasileiros no seu cotidiano e direitos, uma vez que não se trata apenas de conceitos de natureza estritamente biológicos, mas também de relações sociais, bem como a maneira que foram estruturadas as instituições e os sistemas no Brasil, todos frutos da herança do sistema escravocrata.

O problema é que, embora de extrema relevância, o racismo ainda não está sendo tratado como deveria, é ignorado por muitos no Brasil, especialmente pelos tomadores de decisão. O tema ainda é cercado de dúvidas, silenciamento e pouca visibilidade. Contudo, suas consequências são cada vez fortes, limitando e impedindo o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

E afinal, por que pintar uma criança de negra e fazer referências à escravidão é racista? Primeiramente, é importante destacar que quando uma criança ou adolescente age de maneira equivocada e racista, esta conduta é efeito da convivência com pessoas próximas, ou influências e atitudes de pessoas públicas que tenham condutas racistas; afinal, como disse Nelson Mandela, ninguém nasce racista.

Assim, no caso específico, ao pintar a criança com a pele negra e assimilar à escravidão a mãe atingiu uma coletividade indeterminada de indivíduos, praticando, induzindo e discriminando toda a integridade de uma raça, cor e etnia, conforme estabelece a Lei 7.716 de 1989, uma vez que se utilizou da imagem de sofrimento de um grupo como algo banal, origem de um longo período de

genocídio em massa da população negra. Vale lembrar que nunca houve qualquer retratação aos sobreviventes ou descentes. Além de tocar numa ferida histórica no nosso país, a ação reforça o estereótipo da população negra.

Portanto, são Inegáveis os impactos do racismo no desenvolvimento humano, uma vez que crianças e adolescentes negros, como já destacamos, frequentemente passam por situações que além de constrangedoras, tiram suas vidas apenas pelo fato de serem negros. O racismo tira um pedaço da infância das crianças negras.

Por fim, o Artigo 227 da Constituição de 1988 estabelece que os direitos de crianças e adolescentes têm prioridade absoluta, e são de responsabilidade da família, do Estado e da sociedade. Nesse contexto, ressalta-se que diariamente crianças e adolescentes negros são vítimas de práticas racistas, e involuntariamente inspirados por adultos, praticam ações racistas. A fim de reduzir essa realidade, apontamos a importância de ambientes familiares, educacionais, instituições e relações saudáveis, sensíveis e acolhedoras para o desenvolvimento humano e social saudável. O que é essencial e urgente para que seja possível garantir, plena e equitativamente, o direito de todas as crianças e todos os adolescentes do Brasil.

*Mayara Silva de Souza é advogada do programa
Prioridade Absoluta, do Instituto Alana

 

 

 

 

 

 

 

REALIZADA A PESQUISA PARA CONSTRUÇÃO DO INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA DE PINDARÉ

  Este inventário sobre a oferta turística no município faz parte do Plano de Ação do Departamento Municipal de Turismo.   A Equipe/Grupo d...